Como devemos investir na bolsa como pequenos investidores

Carlos Correa

Tesouro Direto

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O mais importante para o pequeno investidor é definir seu perfil de investidor, se é conservador, moderado ou agressivo. Isso para definir o tipo de ativos que pode adquirir.

Para quem tem um perfil conservador, os melhores investimentos geralmente são aqueles que oferecem segurança e baixo risco. Como:

Tesouro Direto: Títulos públicos do governo brasileiro que oferecem boa segurança e são considerados de baixo risco.

CDB (Certificado de Depósito Bancário): São títulos de renda fixa emitidos por bancos. Geralmente oferecem uma taxa de retorno um pouco maior que a poupança e também são seguros, especialmente os CDBs garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) até um certo limite.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): São títulos de renda fixa isentos de imposto de renda e oferecem segurança, pois são lastreados em financiamentos imobiliários (LCI) ou no agronegócio (LCA).

Fundos de Renda Fixa: São fundos de investimento que aplicam em diversos ativos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs, LCIs e LCAs. Podem ser uma opção interessante para quem busca diversificação com gestão profissional.

Poupança: Apesar de oferecer baixa rentabilidade, a poupança é uma opção segura e de fácil acesso para quem tem um perfil conservador.

Para os investidores que se consideram moderados os ativos recomendados são:

Para investidores com perfil moderado, é importante encontrar uma combinação de investimentos que ofereçam um equilíbrio entre segurança e potencial de retorno. Aqui estão algumas opções que geralmente são consideradas adequadas para esse perfil:

Tesouro Direto: Os títulos públicos oferecidos pelo Tesouro Nacional podem ser uma escolha sólida. Eles geralmente têm baixo risco e oferecem diferentes opções de prazo e rentabilidade.

Fundos de Investimento em Renda Fixa: Esses fundos aplicam em uma variedade de ativos de renda fixa, como títulos públicos, CDBs e debêntures. Eles oferecem uma diversificação maior do que investir diretamente em um único ativo.

Fundos Multimercado: Esses fundos têm a liberdade de investir em diferentes classes de ativos, como ações, renda fixa, câmbio, entre outros. Podem oferecer uma boa diversificação e potencial de retorno, embora também tenham um nível moderado de risco.

Previdência Privada: Planos de previdência privada podem ser adequados para investidores moderados, especialmente aqueles que desejam planejar sua aposentadoria. Eles geralmente oferecem opções de perfil de investimento que se alinham com diferentes níveis de aversão ao risco.

Fundos Imobiliários (FIIs): Para aqueles que desejam exposição ao mercado imobiliário sem comprar propriedades físicas, os FIIs podem ser uma opção interessante. Eles oferecem dividendos regulares e potencial de valorização do patrimônio.

Ações de empresas consolidadas: Investir em ações de empresas bem estabelecidas e com bom histórico de desempenho pode ser uma forma de obter retornos acima da média com um nível moderado de risco. A diversificação é essencial ao investir em ações.

Mas para investidores com perfil arrojado, que estão dispostos a correr mais riscos em busca de retornos mais altos, existem diversas opções de investimento. Aqui estão alguns dos melhores investimentos para esse perfil:

Ações: Investir em ações de empresas pode proporcionar altos retornos, mas também vem com maior volatilidade e risco. É importante fazer uma análise cuidadosa das empresas e diversificar o portfólio.

Fundos de Investimento em Ações: Para quem não quer escolher ações individualmente, os fundos de investimento em ações oferecem uma opção de diversificação gerenciada por gestores profissionais.

Fundos Multimercado: Esses fundos têm a liberdade de investir em diferentes tipos de ativos, como ações, câmbio, renda fixa, entre outros. Podem se adaptar melhor às oscilações do mercado.

Investimentos Internacionais: Diversificar para além do mercado nacional pode ser uma estratégia interessante. ETFs (Exchange-Traded Funds) que acompanham índices estrangeiros e investimentos diretos em ações de empresas internacionais são opções a considerar.

Criptomoedas: Para quem está disposto a correr riscos ainda maiores, as criptomoedas oferecem oportunidades de alto retorno, mas também são extremamente voláteis e especulativas. É importante estudar bem o mercado e entender os riscos envolvidos.

Investimentos em Startups: Investir em startups pode proporcionar retornos significativos, mas também vem com um alto risco devido à natureza incerta dessas empresas. É necessário ter conhecimento do mercado e diversificar os investimentos.

É também muito importante conhecer as diversas formas de investir na B3, nossa bolsa de valores. Quando investimos para longo prazo, a B3 considera que você vai operar swing trade que é a modalidade onde você compra a ação num patamar de preço mais baixo e supostamente deverá vender num patamar superior sendo que numa data subsequente a data de compra. Mas se esta venda for feita no mesmo dia da compra, esta operação muda para a modalidade de Day Trade onde as taxas e impostos são calculados de forma diferente do Swing trade. Inclusive em operações de Day trade é possível vender ativos que você ainda não possui, que é o chamado entrar vendido, onde o investidor acredita no despencar do preço desta ação no decorrer do dia então ao fim da operação ele compra por preço mais baixo a quantidade que ele deve embolsando a diferença de preço menos os impostos. Este tipo de operação requer garantias depositadas em confiança antecipadamente. São operações extremamente arriscadas que são recomendadas para investidores profissionais.

Outro ponto importante também é o imposto de renda. Uma operação de renda fixa em tesouro direto, o investidor não se preocupa com estes cálculos e pode investir tranquilamente, pois todos os cálculos e pagamentos de impostos são feitos na fonte e descontados na hora da retirada. Tem dois imposto incidentes o IOF que incorre nos primeiro 30 dias (somente caso o investidor faça retirada antes de 30 dias da aplicação), e o imposto de renda de acordo como tempo da aplicação, para tempo inferior a 6 meses 22,5% do lucro, Se a retirada ocorrer entre 6 meses e 1 ano o IR é 20% sobre o lucro, De 1 ano a 2 anos 17,5% sobre o lucro e a partir de 2 anos o IR fica em 15% sobre o lucro obtido.


O IOF somente acontece se o investidor por algum motivo resolve retirar o dinheiro da aplicação antes de atingir 30 dias. Veja que na tabela abaixo o valor do Imposto sobre Operações Financeiras atinge 0% no 30º dia.

 


Mas existe uma taxa de 0,2% ao ano para pagar metade em janeiro e outra metade em julho de cada ano. Esta é a taxa de custódia da B3 é para pagar os custos de manter esses dados (os títulos no seu nome e CPF) no sistema de escrituração. Isso quer dizer que se tiver 100 mil reais aplicados em tesouro direto, ema janeiro e Julho vai ter um débito de 100 reais na conta investimento, é bom manter saldo suficiente para este evento. Se a aplicação for Tesouro Selic tem isenção desta taxa para aplicações até 10 mil reais.


As aplicações em tesouro direto podem ser feitas de acordo com os tipos de títulos:

Tesouro Prefixado – paga um valor fixo no vencimento

Tesouro Prefixado com juros semestrais – paga juros semestrais + valor fixo no vencimento

Tesouro Selic

Tesouro IPCA+

Tesouro IPCA+ com juros semestrais

Tesouro Renda+

Tesouro Educa+

 

Marcação a Mercado

Todos os ativos do tesouro direto sofrem a marcação a mercado, que significa que todos os dias o mercado precifica o valor destes títulos que podem variar bastante.

Exemplo com o Tesouro Prefixado 2029


Mesmo que saibamos o valor final do título no vencimento, o valor de venda do título varia diariamente de acordo com preços livres no mercado, observe a linha verde no gráfico acima (que você encontra no site: https://clubedospoupadores.com/tesouro-prefixado-2029#google_vignette)

 

O título do Tesouro Direto que sofre menos com marcação a mercado é o Tesouro Selic (antigo LFT - Letra Financeira do Tesouro). Isso ocorre porque o seu rendimento é atrelado à taxa básica de juros da economia (Selic), que tende a se manter mais estável em comparação com as taxas de juros prefixadas ou indexadas à inflação. Portanto, o Tesouro Selic é menos sensível às variações de mercado e oferece uma maior previsibilidade de retorno, principalmente em cenários de volatilidade.


Este Título do Tesouro Direto acompanha a taxa básica de juros, a Taxa Selic.

A Taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Ela é definida pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) do Banco Central do Brasil e serve como referência para diversas operações financeiras no país. A Taxa Selic é utilizada para controlar a inflação e influenciar o comportamento dos demais juros praticados no mercado.

Enquanto o pequeno investidor permanecer no Tesouro direto estará tudo muito bem quanto aos impostos que são descontados na fonte, mas assim que mergulhar na renda variável ele deverá estar ciente que ficará obrigado de declarar imposto de renda da pessoa física, colocando todas as aquisições. Não posso dizer que é fácil, mas é possível. Lucros e Prejuízos devem ser informados igualmente, venda de ativos com lucro pode gerar pagamento de darf no mês subsequente a venda dependendo do tipo de ativo pode ter isenção.

Para venda de renda variável, como ações, por exemplo, o imposto de renda é calculado sobre o lucro obtido na operação. A alíquota padrão é de 15% sobre o lucro líquido, porém há algumas particularidades a se considerar:

Day Trade: Se as operações forem realizadas no mesmo dia, a alíquota é de 20%.

Isenção: Há isenção de imposto de renda para vendas de até R$ 20.000,00 em um único mês, para operações comuns. Para day trade, não há isenção.

Custos Dedutíveis: Custos operacionais, como corretagem e emolumentos, podem ser deduzidos do lucro.

Declaração: As operações de renda variável devem ser declaradas na Declaração de Ajuste Anual do Imposto de Renda Pessoa Física, utilizando o programa da Receita Federal.

Se tiver dificuldades de fazer tudo isso, ou não entra em renda variável ou consegue um contador que entende de tributação de renda variável.

Mas o pequeno investidor de longo prazo somente tem que comprar e declarar o que foi comprado na declaração do imposto. Só vai se preocupar com darf quando começar a vender ações com lucros uns 30 anos depois...

Então vamos nessa, comentem

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