Investir hoje é muito mais fácil

Carlos Correa

Introdução ao investimento

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Estou muito feliz de estar aqui digitando este primeiro post em um blog inteiramente meu, desde a ideia até os detalhes, mas é claro que com a ajuda das comunidades de programação da web que ajudam muito quem quer fazer...

Caderneta de Poupança Morada

Quando eu comecei a trabalhar lá em 1980, eu não tive alguém para me ensinar sobre investimentos na bolsa de valores. Na época estas informações eram restritas a alguns privilegiados e as negociações ainda eram rudimentares, com poucas opções para os pequenos investidores. Para fazer uma aplicação em uma corretora de valores autorizada, o investidor teria que comparecer pessoalmente no escritório da corretora e comprar os títulos de ativos, que era lavrado em cartório, uma grande burocracia. Lembro da minha felicidade quando abri minha primeira caderneta de poupança Morada, que anos mais tarde foi encampada pelo Banerj, que também não existe mais. Naquela época a internet ainda estava nascendo. 

Hoje as oportunidades são muitas, na internet, para quem quer buscar coisas boas, tem muitas informações úteis, muitos ensinamentos. As empresas mostram suas conquistas e abrem suas contas em público, os bancos estão lá presentes para acolher seus clientes, temos acesso a resultados de negociação da bolsa de valores com atraso de no máximo 15 minutos, isso gratuitamente, pois se for um profissional pode optar por pacotes de dados em tempo real.

Escrevo tudo isso porque após uma vida dura de 40 anos embarcando em navios e plataformas, finalmente me aposentei, e pude me dedicar a uma pós-graduação que nunca tive oportunidade de realizar enquanto trabalhava devido aos meus horários rígidos. Foi em 2020, em plena queda da bolsa com a pandemia, que eu decidi, que deveria fazer pós em finanças, pois era um tema que sempre me deixou interessado em aprender. E como que tudo aquilo acontecia, juros baixos, inflação aparecendo e depois juros subindo, é de fundir a cuca, né?

Durante esta pós que vi quantas oportunidades eu perdi nestes 40 anos, isso porque o mais importante para o pequeno investidor é o tempo de aplicação de seus recursos, que pode ser pouco por mês, mas constante. Então o momento certo para começar a investir é quando a pessoa consegue o seu primeiro emprego. Deve pensar no tempo de aplicação em 30 anos pelo menos e ser fiel às metas traçadas, não importa a profissão, nem o salário. Na bolsa de valores tem histórico de várias pessoas que tiveram sucesso e o comum entre elas é a persistência e conhecimento adquiridos na prática, muitos tiveram sucesso após muitos fracassos devido à falta do conhecimento.

Não existe dificuldade em entender o básico do investimento de longo prazo, a ideia é a gente, quando recebe o pagamento no fim do mês, separa uma parte pequena que pode ser 3%, 5% ou mesmo 10% depende da sua capacidade de sobreviver com o restante até o próximo pagamento, e investe em ativos que tem grande probabilidade de sobreviver esse tempo de 30 anos. Essas aplicações, o ideal que estejam dando resultados positivos acima da inflação, porque abaixo da inflação perdemos dinheiro. Um exemplo de aplicação que perde dinheiro é a poupança, pois na melhor hipótese ela paga em torno de 70% da inflação.

Dos investimentos existentes para o pequeno investidor um bastante interessante é o Tesouro Direto, somente para exemplificar com números o que tentei explicar no parágrafo anterior, vamos supor que uma pessoa comece a investir hoje no Tesouro IPCA que paga juros semestrais e tem vencimento em 2055. Até lá são 31 anos de investimentos, serão 373 meses aplicando R$ 160,00 por mês

 


Esta imagem acima é apenas uma simulação que eu fiz no site do Tesouro Direto entrando com os valores de R$160,00 mensais.

Na prática, o menor valor que se pode aplicar neste título é 44,43 (valor de hoje – 05/042024) comprando 3 por mês vai dar R$ 133,29 sobrando por mês 26,71 sobre os R$ 160,00 que esse investidor estipulou como seu valor mensal de aplicação, este valor de resto, ficaria na conta investimento da sua corretora e juntando com a sobra do mês seguinte compra-se mais um título e assim por diante. 

Então como é feito isso? Em primeiro lugar é importante obter conhecimento, para saber o que é melhor para você. Será que mesmo a poupança rendendo abaixo da inflação resolve suas ambições de investimentos. Ou um Tesouro Direto que tem rendimento acima da inflação, mas paga imposto na fonte a cada retirada, mas não precisa se preocupar com declaração do imposto de renda, que pode ser complicado, como caso você decida investir em renda variável. Aplicando em renda variável com qualquer valor já obriga o investidor a dar informações detalhadas de todas as aquisições, seus rendimentos, dividendos e outros proventos (As empresas pagam proventos que são obrigações desta para com seus acionistas).

Também é importante saber o quanto você suporta perder, porque quando se aplica em renda variável as variações dos preços das ações podem chegar abaixo do valor comprado e por lá manter por longos períodos. Geralmente as corretoras aplicam um teste com perguntas para definir a que grau de risco pertence este investidor, classificando em três tipos o chamado perfil do investidor.

  • Conservador: aqueles que não aceitam perder absolutamente nada
  • Moderado: aqueles que aceitam algum risco em seus investimentos
  • Agressivo: São também designados por arrojados e aceitam bem as variações dos preços dos ativos.

Esta definição é importante, porque as ofertas de produtos serão de acordo com sua classificação de risco. Uma corretora jamais vai liberar compras de ações para um investidor classificado como conservador.

Caro leitor, chegando até aqui, não se preocupe se algo não foi bem entendido ou se deixei mais dúvidas que entendimentos. Os detalhes surgirão aos poucos.

Encorajo a todos que leiam e comentem.

 

Obrigado,

Carlos Correa

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